Subtítulo - O trabalho na rede e em rede - 2
A
discussão em rede começa a ser parte muito importante na leitura e
análise que se faz dos textos que cada um de nós vai trabalhando.
Tenho uma mania, quase obsessão pela memória e a importância dela e a necessidade de a registar...
Logo, tudo aquilo que acho pertinente e gosto, quero registar e quase sempre partilhar, porque o momento da partilha para a memória futura é, também, muito relevante. Assim, vou usando estas "coisas" da web 2.0 para me ajudar a fazer esses registos. Em papel, seria incomportável. Cheguei a tentar...
É importante partilhar esta conversa? Na minha ótica, sim. Por um lado, é relevante, porque mostra como se "fazem" as conversas no facebook e, por outro, pela importância do conteúdo, na partilha do texto de Tom Whitby feita pela Cornélia que é uma amiga virtual também muito relevante pelo que partilha e comunica.
Eis a conversa:
23/3 às 23:50 perto de Porto ·
Rosalina Simão Nunes "Using these skills requires effort and leaving a long-standing zone of comfort in order to learn and use new methods of information retrieval. " - Crucial.23/3 às 23:58
A
propósito disto, julgo eu :))))), vou aqui contar um episódio. Desde o
ano passado que me debatia na escola por disponibilizarem aos
professores um endereço eletrónico se queriam que o "pessoal" usasse
esse meio para comunicar. Uma vez que se
andava a usar, quanto a mim, 'abusivamente' o recurso ao mail como
forma para comunicar, quando as pessoas se viam todos os dias. Ou seja,
em vez de se discutirem os assuntos frente a frente, discutiam-se,
supostamente, via mail. Acontece que essa discussão não existia. O que
havia era o envio de sugestões que depois eram recolhidas por uma
determinada pessoa que as colidia. Ora, isso não é discutir. Nem por
mail. Então, tomei uma decisão e informei que o meu mail pessoal deixava
de estar disponível para servir de recetáculo desse tipo de
comunicação. Neste ano, forneceram-nos um mail institucional. Ora, além
do facto de não nos permitirem mexer no perfil, impondo-nos um nome que
não temos e não queremos (facto que a maioria das pessoas não tem
consciência e aceita, porque não sabe), insistem em usar aquele recurso, o
simples mail, já nem falo de plataformas e afins, como veículo que
facilita a vida porque liberta mais horas e opta-se por querer discutir
as coisas como descrevo em cima. É óbvio que já informei quem de direito
que, de novo, aquele meio de comunicação está off.
24/3 às 0:11
Rosalina Simão Nunes Poderão
dizer: "Lá está aquela chata..." Mas, parece-me a mim que, ao fazer
isso, eu estou a trabalhar no sentido da tal mudança: "This requires a
change in behavior, attitude, and most importantly, culture."24/3 às 0:13
Cornélia Castro Não
percebi muito bem... essa comunicação pior e-mail é só para
participação de "eventos" ou para agilizar a (não) discussão de questões
pertinentes?24/3 às 0:14
Se
fosse para agilizar, tipo: "Olhem, envio o projeto B para lerem,
analisarem e no dia tantos reunimos para discutir, enquanto
departamento, grupo de trabalho..." A "coisa" aceitava-se. Agora,
sugerir que a "discussão" de um projeto se faça
com envio de propostas para determinado endereço, sem que haja
discussão? E, depois, quem reúne ideias? Quem contra argumenta? Quem
sintetiza? Como se conhecem as outras ideias que não sejam as nossas?
24/3 às 0:19
Cornélia Castro O e-mail para discussão de questões relevantes???
O virtual é muito handy para discussões e análises (estamos aqui a!), o presencial não é imperativo.
Mas há "substituições" melhores, bem melhores...
"These are skills that all educators have, but many may not always be willing to use" eis a questão.
Willing to use...24/3 às 0:19 ·
O virtual é muito handy para discussões e análises (estamos aqui a!), o presencial não é imperativo.
Mas há "substituições" melhores, bem melhores...
"These are skills that all educators have, but many may not always be willing to use" eis a questão.
Willing to use...24/3 às 0:19 ·
Rosalina Simão Nunes Sim,
"nós" sabemos Cornélia, mas as pessoas que me estão a propor esse tipo
de discussão não sabem e usam o mail para evitar gastar tempo, na escola.24/3 às 0:31
Rosalina Simão Nunes Pois, Cornélia. E terá alguma razão. Pessoalmente, não gosto do verbo "evangelizar".24/3 às 0:42
Cornélia Castro :-)
Sinónimos?24/3 às 0:49
Bom...
A mim o verbo evangelizar faz-me lembrar logo aquelas igrejas de Deus,
tipo a igreja universal. E aí, a "coisa" funciona muito à volta daquele
que evangeliza. Ora, na minha perspetiva, a educação em geral, e o
ensino em particular, deve andar à volta
daquele que aprende. Esse é que tem de querer saber aprender. O
processo de o pôr a fazer isso tem de ser muito discreto, para que as
"luzes" incidam sobre aquilo que aprende. Isso é que é o fundamental.
Que se aprenda. E para isso, cada vez com menos dúvidas, tem de haver
quem ensine e não quem evangelize. O professor é cada vez mais
fundamental em todo este processo. Eu não quero que um aluno que não
seja meu aluno de todos os dias me apresente um trabalho que eu não
consiga / saiba avaliar. Isso não é aprender. Isso é inventar. E nas
escolas deveríamos ensinar a pensar, logo aprender. Claro que as
ferramentas das novas tecnologias ajudam a fazê-lo e, principalmente,
libertam-nos tempo para estar mais tempo de qualidade com os alunos.
Agora, a questão é: como é que se passa a mensagem? Quem tem de fazer
isso? Onde? Quando?
24/3 às 9:31 ·
Pois as palavras estão no dicionário e nós damos-lhes as nossas conotações... (eu não me lembraria da igreja universal...)
Mas, pensei que te referias a "evangelização" das relações interpessoais e profissionais entre os adultos apenas:
Como se passa a mensagem?
Tenho uma ideia sobre isso, não empírica (ou mais ou menos, que isto já são mtos anos de trabalho): pelo exemplo.
Primeiro estranham, alguns invejam, outros odeiam e depois alguns resolvem experimentar...
24/3 às 19:55Mas, pensei que te referias a "evangelização" das relações interpessoais e profissionais entre os adultos apenas:
Como se passa a mensagem?
Tenho uma ideia sobre isso, não empírica (ou mais ou menos, que isto já são mtos anos de trabalho): pelo exemplo.
Primeiro estranham, alguns invejam, outros odeiam e depois alguns resolvem experimentar...
Rosalina Simão Nunes Por
acaso, no caso da evangelização, não me parece que eu esteja muito
longe do sentido denotativo da palavra. É um facto que evangelizar é:
Proceder à evangelização em (algum lugar) ou entre (alguns indivíduos ou
povo). Levar o Evangelho a, Missionar. E é isso que fazem as Igrejas.
Umas mais que outras. A questão é saber se com a educação o processo
deva ser esse.24/3 às 22:00 ·
Rosalina Simão Nunes Sabes,
a mim incomoda-me que muita gente continue a achar que o professor anda
em missão. Eu não sou missionária. Eu sou uma trabalhadora. :)))) 24/3 às 22:01
Rosalina Simão Nunes Trabalho
para comer. Claro que, no meu caso, trabalho numa área que me realizar.
Foi uma opção. Por exemplo, se fosse agora, não teria escolhido a área
da educação. A perspetiva de futuro, enquanto carreira, não está clara.
Muito cinzenta, aliás. E claro que também já estou numa etapa que me
leva a ponderar bastante a possibilidade de mudar o rumo. Ainda para
mais agora. Na crise. ;-)24/3 às 22:03 ·
Rosalina Simão Nunes Mas já estou a fugir à questão. :)))))) Ainda sobre a missão e o evangelho.24/3 às 22:03
Sabes,
um dia, resolvi ir fazer uma ação de formação sobre a cartilha
maternal, na João de Deus. Não ensino ninguém a ler, no sentido literal
do termo. Supostamente, chegam às minhas mãos já a ler... Mas queria
perceber por que razão um método tão
antigo, porque já vem dos finais do século XIX, ainda era atual. E
percebi. E é simples: ali, nas escolas João de Deus, diz-se assim: "Nós
aqui ensinamos desta maneira." E funciona.
24/3 às 22:07 ·
Rosalina Simão Nunes Ou seja, definiram um método e aplicam-no.24/3 às 22:08 ·
Rosalina Simão Nunes E
o que é certo é que os meninos que aprendem a ler, lá, mesmo aqueles
que têm dificuldades de aprendizagem, aprendem a ler e, depois, a
escrever.24/3 às 22:08
Rosalina Simão Nunes Claro
que processos destes não são compatíveis com o tal espírito de missão
que grassa nas escolas portuguesas. Porque as missões dependem dos
voluntários. Os métodos dependem das organizações.24/3 às 22:10
Cornélia Castro Muito bem..24/3 às 22:29 ·
Nenhum comentário:
Postar um comentário